Engenheiro atropelado por motorista embriagada morre após um mês internado

  • 28/04/2025
(Foto: Reprodução)
José Francisco Gomes, de 49 anos, foi atropelado quando fazia um treino de corrida na região do Bom Intento, em Boa Vista, e estava internado no Hospital Geral de Roraima (HGR). Condutora do carro, Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, chegou a dizer que situação 'não daria em nada'. Engenheiro de produção José Francisco Gomes, de 49 anos, foi atropelado quando fazia um treino de corrida. Arquivo pessoal O engenheiro de produção José Francisco Gomes, de 49 anos, que foi atropelado por uma motorista embriagada enquanto fazia um treino de corrida em Boa Vista morreu na madrugada desta segunda-feira (28) após um mês internado e em coma induzido no Hospital Geral de Roraima (HGR). ✅ Receba as notícias do g1 Roraima no WhatsApp Ferrinho, como é mais conhecido, foi atropelado no dia 29 de março pela propagandista médica Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, que estava embriagada. Pouco após o acidente, ela chegou a dizer que "não daria em nada" e que "aguardaria o pagamento da fiança para ser liberada". Ela foi presa, mas foi solta pela Justiça na audiência de custódia, sem pagar fiança, no dia seguinte (entenda mais abaixo). A informação da morte de Ferrinho foi confirmada pela família por meio das redes sociais. O engenheiro, que também é dono de uma metalúrgica e administrador, sofreu uma forte pancada na cabeça, foi levado inconsciente para o Hospital Geral de Roraima, passou por cirurgia e foi internado na UTI. O acidente aconteceu na região do Bom Intento, quando o engenheiro e outros atletas do grupo Runners Team faziam um treino na estrada. A esposa dele e outro casal, de 43 e 38 anos, também ficaram feridos. A defesa de Jully informou que não irá se posicionar e que vai aguardar o fim das investigações. "No momento só temos a lamentar o falecimento e desejar os pêsames aos familiares e amigos", disse. Quando estava internado e em coma induzido, a esposa dele, Jeyssiane Gabriella Monteiro, de 25 anos, chegou a conversar com o g1. Ela disse que a liberação da motorista causou um sentimento de revolta, angústia e tristeza nas famílias das vítimas. "Um sentimento de revolta, de angústia, de tristeza, porque ela vai continuar com a vida dela normal enquanto nós tivemos nossas vidas modificadas, dilaceradas. Não vai ser, não vai voltar ao normal, não vai ser mais normal", disse Jeyssiane. Carro conduzido pela propagandista médica, de 26 anos, após ela bater em quatro corredores Arquivo pessoal Jeyssiane teve ferimentos leves no acidente. Além deles, outro casal, de 43 e 38 anos, ficaram feridos. O atropelamento foi por volta das 4h40 durante um treino coletivo com cerca de 30 atletas. À Rede Amazônica, um colega dos corredores atingido disse que viu quando as quatro vítimas foram atropeladas. Ela corriam no acostamento, na parte de terra, quando foram atingidos pela picape conduzida pela motorista. A Polícia Militar esteve no local, fez o documento de constatação de embriaguez da condutora. LEIA MAIS: Quatro corredores ficam feridos após serem atropelados por motorista embriagada em Boa Vista Motorista que atropelou corredores e disse que 'não daria em nada' é solta pela Justiça sem fiança Engenheiro atropelado por motorista embriagada segue em coma induzido na UTI em RR Motorista disse que 'não daria em nada' Vítimas foram atropeladas por motorista embriagada Arquivo pessoal Motorista do carro, a propagandista médica Jully Gabriella Passos Mota foi presa pela Guarda Civil Municipal (GCM) ainda no sábado (29). Ela tentou fugir e chegou a ironizar a situação dizendo que "não daria em nada". Na delegacia, Jully foi autuada em flagrante por lesão corporal culposa de trânsito e lesão corporal qualificada pela embriaguez ao volante. Ela foi solta um dia depois, no domingo, na audiência de custódia sem pagar fiança. A decisão pela soltura foi da juíza Noêmia Cardoso Leite de Sousa, da comarca de Boa Vista. Ela entendeu que a "aplicação de medidas cautelares diversas da prisão seriam suficientes para evitar a prática de outras infrações penais". A equipe Runners Team publicou uma nota de repúdio à soltura dela, destacando a "profunda indignação e repúdio à decisão da Justiça de Roraima". "A condutora estava, de acordo com o relato de testemunhas e vídeos divulgados na internet, em flagrante estado de embriaguez ao volante, o que torna sua conduta ainda mais grave e irresponsável. A soltura dela é um precedente perigoso e envia uma mensagem equivocada à sociedade: que a embriaguez ao volante e o risco de colocar a vida dos outros em perigo não têm consequências". Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/04/28/engenheiro-atropelado-por-motorista-embriagada-morre-apos-um-mes-internado.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Anunciantes