Masp será restaurado pela 1ª vez; obras não afetam a visitação

  • 19/04/2024
(Foto: Reprodução)
Além do vão, o projeto de preservação do edifício prevê a restauração e a repintura dos pilares e vigas externas do museu. A tradicional feira de antiguidades será removida temporariamente. Movimentação de pessoas em frente ao MASP, na Avenida Paulista nesta tarde de domingo (13 de março), em São Paulo BRUNO FERNANDES/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O Museu de Artes de São Paulo (MASP) será restaurado pela primeira vez desde a inauguração do prédio, em 1968. As obras estão previstas para começar nesta segunda-feira (22) e a tradicional feira de antiguidades, que ocorre no vão do local, será removida temporariamente. Mesmo com as obras, somente o vão será interditado pelos próximos meses para vistoria e restauração da laje. O Masp continuará aberto para visitação. Além do vão, o projeto de preservação do edifício prevê a restauração e a repintura dos pilares e vigas externas do museu. A previsão inicial da Prefeitura de São Paulo é que a obra dure mais de 6 meses. "A gente vai ter um prédio lindo, com a aparência renovada, sempre respeitando a arquitetura original. A referência é o que foi concebido em 68, mas as marcas do tempo continuam. Ela é uma jovem senhora com algumas ruguinhas", afirma Miriam Elwing, gerente de Projetos e Arquitetura do MASP. Projeto do Masp Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto arquitetônico do Masp, posa na construção Acervo/Masp No local onde atualmente fica o Masp, antes da construção, existia o Belvedere Trianon - um espaço destinado para festas e bailes e que tinha uma enorme cobertura com vista para a Avenida Nove de Julho e o Centro da cidade. O Belvedere Trianon, foi demolido para levantar um pavilhão que sediaria a 1ª Bienal de Arte de São Paulo. O terreno onde ficava esse espaço teria sido doado para a prefeitura da capital. Inicialmente, sustentava a tese de que por testamento, foi exigido pelo doador de que qualquer construção que fosse levantada no local, precisaria ter vista para o Centro da cidade. Antes de ter sede na Avenida Paulista, o Masp ficava na Rua 7 de Abril, no Centro da cidade. A arquiteta Lina Bo Bardi, que chegou ao Brasil em 1946, se interessou pela nova sede e, entregou um projeto para o administrador do museu na época, já mantendo a exigência de deixar o Masp com uma vista para o Centro. A exigência da vista para o Centro, pode ter sido inventada para aprovar o vão. A tese é do historiador italiano e especialista em arquitetura brasileira, Daniele Pisani, que em 2019, publicou um livro alegado que a exigência teria sido inventada por Lina e Pietro Maria Bardi (marido de Lina). O que previa o projeto? Lina apresentou diversos projetos, mas o final previa um museu flutuante, elevado com uma caixa suspensa de vidro e concreto, separado pelo vão para dar vista para o Centro da cidade, e níveis abaixo que - sendo visto da Avenida Paulista - ficam subterrâneo. A região onde fica o Masp, está a 860 metros de altitude, permitindo uma facilidade para enfrentar desafios estruturais de uma obra com um vão extenso. Um outro fator é que o território brasileiro não corre risco de abalos sísmicos significativos, ou seja, o Masp precisa de condições para ficar equilibrado. O terreno do Masp também tem uma topografia irregular, apresentando um desnível entre a Avenida Paulista e a Rua Carlos Comenale.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/04/19/masp-sera-restaurado-pela-1a-vez-obras-nao-afetam-a-visitacao.ghtml


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