Polícia prende homem suspeito de matar mulher trans na Zona Sul de SP

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
Caso segue sendo investigado pelo DHPP para entender as motivações do crime. O motorista que dirigia o carro de onde o carona atirou foi preso na segunda-feira (15). Mulher trans é assassinada após sair de festa na Zona Sul de SP A polícia prendeu nesta quinta-feira (18) o homem que baleou e matou uma mulher trans no sábado (13), na Zona Sul de São Paulo. O motorista que dirigia o carro de onde o carona atirou foi preso na segunda-feira (15). O preso Maycon Douglas da Silva foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde o caso segue sendo investigado. Segundo o delegado do DHPP, Severino Vasconcelos, a Polícia Civil suspeita que ela tenha sido vítima de transfobia. Vídeos feitos por câmeras de segurança de estabelecimentos próximos à Estrada de Itapecerica mostram o momento em que Daniela de Miranda Alves, de 21 anos, foi assassinada na saída de um baile funk após uma brigada (veja acima). Nas imagens é possível ver Daniele e a amiga dela, Rafaeli, discutindo com um grupo de rapazes. Elas deixam o local a pé e são perseguidas de carro por dois dos homens que estavam na festa. Suspeito de matar mulher trans é preso em SP Polícia Civil/Divulgação Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Um segundo vídeo mostra o momento em que o carro vermelho se aproxima e uma pessoa efetua os disparos nas costas de Daniele. A jovem ainda consegue andar e entrar em um estacionamento, mas logo depois cai ferida no chão. A amiga dela correu e conseguiu escapar dos disparos. O vídeo ainda mostra um homem que saída do local com o cachorro se assusta com os tiros e também corre para se abrigar. Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, também afirmou que a polícia trabalha com a hipótese de transfobia, dentre outras. "A motivação se trabalha, né, com transfobia, porque em algum momento pode ter sido isso, né? Até atraíram a Daniele e a amiga para o carro. Pode ser um dos motivos. É uma hipótese, mas não descartamos outras, né que possa ter acontecido", disse. Também avaliam se houve feminicídio. "Para se enquadrar o assassinato de uma mulher como crime de feminicídio, é necessário que o autor tenha cometido o ato em razão de violência doméstica e familiar, “menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Vamos pelo menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Homicídio qualificado por motivo torpe", disse Ivalda. A PM localizou no mesmo bairro o carro usado pelos criminosos e, com isso, o motorista de 23 anos que foi preso em flagrante pelo crime. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio no 47º Distrito Policial (Capão Redondo). Estatísticas O Brasil é o país com mais registros de mortes violentas de pessoas LGBTQIA+. E o estado de São `Paulo tá na frente desse ranking. Dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia, a ong mais antiga de defesa dos direitos da comunidade LGBT na América Latina, mostram que em 2023, em SP, 34 pessoas da comunidade foram mortas com violência. Considerando todos os estados da região sudeste, são 100 vítimas desse crime. E no Brasil todo, 257. O que representa uma morte a cada 34 horas. A ONG que realiza esse levantamento reforça que esses números, embora assustadores, ainda são subnotificados porque nem sempre os boletins de ocorrência trazem informações precisas, o que dificulta caracterizar o crime de ódio. E as principais vítimas são mulheres trans e travestis. "A sociedade brasileira precisa reconhecer que os direitos trans não são antagônicos ao direito de nenhum outro grupo. De que as pessoas trans não são inimigas e que precisam também ser protegidas em qualquer ambiente público, ou privado", afirmou Bruna Benevides, pesquisadora da Antra.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/04/18/policia-prende-homem-que-matou-mulher-trans-na-zona-sul-de-sp.ghtml


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